sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cinema e Psicanálise na Cinemateca Brasileira



Até outubro, a Cinemateca Brasileira retoma sua programação de encontros entre o cinema e a psicanálise por meio de um novo ciclo de projeções de filmes seguidas de debates com profissionais de grande destaque da arte e da cultura, mediados por psicanalistas. Em parceria com a Federação Latinoamericana de Psicanálise (Fepal), com apoio da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), do jornal Folha de S. Paulo e da Universidade São Marcos, o evento tem coordenação de Leopold Nosek, presidente da Fepal, e conta em sua comissão organizadora com a participação das psicanalistas Cintia Buschinelli, Magda Khouri e Silvana Rea. Com sessões realizadas sempre aos domingos, às 18h00, o ciclo se estende até outubro do próximo ano, como preparação para o Congresso Latinoamericano de Psicanálise da Fepal, a ser realizado no segundo semestre de 2012. Por conta disso, os filmes e debates que compõem o ciclo se concentram em questões particulares do imaginário latino-americano. Neste primeiro semestre, os filmes da programação se agrupam em torno de temas relativos à América Latina e seus conflitos, abordando desde questões políticas e geográficas ligadas às suas fronteiras e revoluções – como em Queimada!, Diários de motocicleta e Bananas – até questões da esfera privada vinculadas à imigração e à constituição dos núcleos familiares, como em Gaijin – os caminhos da liberdade, Tetro, O Ano em que meus pais saíram de férias e 33. Já os debatedores convidados este semestre incluem, entre outros, os jornalistas Marcelo Coelho e Manuel da Costa Pinto, o ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vanucchi, o jornalista e cientista político André Singer, o cineasta Aurélio Michiles, o historiador Boris Fausto, o Consultor Especial de Arte e Cultura da Japan Foundation, Jo Takahashi, o consultor empresarial Luis Paulo Rosenberg, o designer Ronald Kapaz e a escritora e roteirista Sabina Azuantegui, além de diversos psiquiatras e psicanalistas vinculados à SBPSP. A Cinemateca Brasileira fica no Largo Senador Raul Cardoso, 207, próximo ao Metrô Vila Mariana e além da programação sempre interessante o local é charmoso, agradável e convidativo. Não deixe de conhecer! Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215). Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada) – algumas sessões em DVD têm entrada franca, quando indicado. Estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha. Veja a programação completa no site da Cinemateca.

Fonte: Marta Pimenta

Deslocamentos Ibero-Americanos no Cinusp


O I Congresso Mundial de Comunicação Ibero-Americana que ocorrerá do dia 01 ao dia 06 de Agosto, o CINUSP “Paulo Emílio” aproveita esta oportunidade para apresentar a mostra Deslocamentos Ibero-Americanos. Deslocamentos implicam entrelaçamento físico e a ultrapassagem das fronteiras entre os países, neste caso, entre os que compõem a América Latina e a Península Ibérica. São países que formam uma trama histórica e etnológica, englobando questões culturais, políticas e sociais. As heroínas, heróis e anti-heróis dos filmes selecionados saem de suas casas e trafegam por essa região em busca de soluções, memórias ou fugas. É interessante perceber como a proximidade geográfica define uma identidade cultural para esse grupo, assim como a proximidade cultural se transforma em proximidade geográfica, no caso de Espanha e Portugal com os países americanos. Mas, apesar da identidade latina em comum, esses países guardam muitas diferenças entre si, e é isso que motiva as personagens: o desejo do desconhecido, a projeção do novo e o risco por outra vida. Algumas vezes esse deslocamento é motivado pela esperança de encontrar um lugar melhor, como em Terra Estrangeira. Em outras, é motivado por um desejo de fuga contra alguma forma de coesão, como vemos em XXY, e em outras, são deslocamentos ocasionais que revelam grandes mudanças nas vidas de seus personagens, como vemos no filme Diários de Motocicleta. Mas, sempre que nos desterritorializamos de nossa terra natal, algo fica; a saudade ou alguém que ficou para trás. Esse é o assunto do filme Whisky, que conta a história do retorno de um uruguaio à sua terra natal, pela ocasião da morte de sua mãe, onde vai de encontro com o seu irmão e seu passado. Nesses filmes a mudança narrativa é marcada pela mudança espacial; pois é o espaço que configura o desenvolvimento da trama. É aqui que essa mostra atinge a totalidade do seu objetivo; tratar do espaço Ibero-Americano sem se prender somente às questões locais de cada país, já que em cada filme há uma figura – o personagem – e um fundo – os países pelos quais transita - em relação.

Fonte: Marta Pimenta

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Substâncias que substituem álcool e drogas nos filmes

Os atores que interpretam bêbados ou drogados merecem nossos aplausos, porque nos estúdios, não há flagrante: todos os materiais usados são inofensivos e não causam barato. Confira quais substâncias são usadas para substituir bebidas e drogas nas telas.



ÁLCOOL
Cachaça ou vodka: Esses são fáceis: costuma-se utilizar água.
Cerveja: Advinha? Cerveja sem álcool!
Champagne: O especialista em efeitos especiais André Kapel adianta: “Pode até trocar por soda-limonada, mas não fica igual”. Então, na maioria das cenas, são usados espumantes de verdade.
Uísque: os produtores costumam usar chá-mate com bastante gelo ou até mesmo guaraná sem gás.
Drinques coloridos: sabe o cosmopolitan de Sex and the City? Água, gelo e anilina.
FUMO
Cigarro: Muitos atores fumam cigarros comuns, mas alguns preferem versões sem nicotina, criadas para ajudar quem quer parar de fumar.
Maconha: é usado um tabaco comum enrolado em seda. E se a cena mostrar alguém confeccionando um baseado, é misturado tabaco com sálvia para ficar mais parecido.
COCAÍNA
Para ver: se a droga só for mostrada em carreiras ou papelotes, utiliza-se farinha de trigo peneirada, frutose ou açúcar de confeiteiro.
Para cheirar: a substância mais utilizada é o soro fisiológico em pó, à venda nas farmácias para combater gripes e resfriados. Rafael Blas, assistente de direção de arte, diz: “a aparência é idêntica à droga, e ele pode ser inalado sem causar danos”.

O Brasil segundo Hollywood

Pirâmides, babuínos, mulheres de topless em Ipanema e gente dançando tango. Esse é o nosso país de acordo com os clichês e absurdos de filmes, séries e músicas gringos. Confira mais.

BIODIVERSIDADE
- Embora a Amazônia seja o bioma mais rico do mundo, lá não se encontra as formigas siafu que atacam Indiana Jones em “O Reino da Caveira de Cristal”, já que elas são típicas da África. O mesmo ocorre com os javalis que aparecem em “Anaconda” (que são originais da Europa e América do Norte) e com os babuínos que atacam The Rockem “Bem-Vindo à Selva” (eles são nativos da Ásia e da África).
- Segundo a série “No Ordinary Family”, a Amazônia também abriga plantas aquáticas capazes de modificar o DNA humano e conferir superpoderes. Já o trash “Lambada – A Dança Proibida” traz tribos indígenas incrivelmente americanizadas, que criaram o ritmo como forma de protesto contra o desmatamento (oi?).
- E para alguns filmes, esse contato com a fauna se estende a qualquer situação. Em “Feitiço do Rio”, uma macaco de estimação sobe tranquilamente no ombro de sua dona enquanto ela toma sol em Ipanema. Em “Brenda Starr”, Brooke Shields “esquia” em cima de dois jacarés.

Em “Brenda Starr”, Brooke Shields “esquia” em cima de dois jacarés.

GEOGRAFIA

- Na comédia romântica “Próxima Parada: Wonderland”, a protagonista é seduzida por um “típico” latin lover brasileiro, que canta bossa nova com um sotaque inexplicável e a convida para conhecer as belas praias… na cidade de São Paulo! O mesmo cara explica para ela que oferendas para Iemanjá são comuns na Região Norte. Mas pera lá! Essa parte do país, exceto pelos estados do Pará e Amapá, quase não tem mar (será que ele quis dizer nordeste?).
- Mas nenhum filme redesenha nossa geografia tão bem como “007 contra o Foguete da Morte”. A aventura do espião coloca as cataratas de Foz do Iguaçu na região central do Brasil e adiciona uma pirâmide maia (???) à nossa floresta amazônica.

IDIOMA- Os filmes vivem errando nossa língua: para alguns deles, como “Stigmata” e “Brenda Starr”, falamos espanhol.
- Há também os que acham que falamos o português de Portugal. Mas aqui até que a confusão é aceitável: a maior estrela de cinema brasileira foi Carmen Miranda, que na verdade era portuguesa. E aí, dá-lhe sotaque Luso em “brasileiros” de filmes como “O Incrível Hulk” e “Próxima Parada”, e séries como “Alias”, “Lost” e “America’s Next Top Model”.
- Um caso estranho é o do filme “Amazônia em Chamas”, sobre o líder popular Chico Mendes. Embora o personagem, o cenário e a história fossem brasileiros, atores estrangeiros ocuparam os papéis principais. O resultado foi que todo mundo acabou chamando nosso herói de “Chicôu Mendéz”.

PREFERÊNCIA NACIONAL
Nenhum clichê brasileiro é tão difundido quanto a exuberância das nossas mulheres. Ao que parece, maior do que o apetite sexual e o despudor das brasileiras, só mesmo certa parte de sua anatomia…
- Em “Si Tu Vas a Rio Tu Meurs”, um dos personagens chega a apoiar uma caneca no bumbum de uma das figurantes. Já em Os Simpsons, a retaguarda das brasileiras serve até para ensinar o alfabeto às crianças. Em “Feitiço do Rio” (de novo?), todas as mulheres na praia, inclusive a Demi Moore, estão de topless.
- A música não escapa dessa. Em “International Love”, do rapper Chris Brown, um verso diz: “No Brasil, as bundas são anormais de grande/ E elas quicam, azuis, amarelas e verdes”.

Fonte: Mundo estranho (edição 111).

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