Sinopse: Quando adolescente, Julie (Sophie Cattani) abandonou seus dois filhos, um de quatro anos e o outro ainda bebê. Adotados por um casal, o irmão mais novo cresceu sem crises existenciais, mas Thomas (Vincent Rottiers) sempre quis conhecer suas origens. A raiva que o abandono causou em Thomas, começa a se manifestar na sua pré-adolescência. Aos 20 anos, Thomas encontra a mãe biológica e, na tentativa de ocupar o hiato da relação entre os dois, força um envolvimento e intimidade não convencional entre mãe e filho.
Nesta produção Claude Miller produz um longa com fortes características intimista que se encaixa perfeitamente na maneira de filmar do cinema francês, que caminha até o fundo da mente dos personagens que retrata, o diretor deixa-nos diante de uma história comovente com sutileza e delicadeza de lidar com a força silenciosa das tristezas na infância. Sem dúvida uma das grandes força no filme é, inquestionavelmente a complexidade de seus personagens. Vincent Rottiers que interpreta um filhos abandonado pela mãe e adotado por outra família e cresce repleto de lacunas em seu desenvolvimento afetivo, transborda de talento que chegam em um único plano para passar doçura e rebeldia, seu caráter ambíguo revela o grande ator que não exagera e que permanece sempre humilde e fiel a seu papel. Por sua vez Sophie Cattani no papel da mãe biológica também é grande em sua interpretação , ambos dão um realismo a este conto pungente que nunca cai nos estereótipos do gênero.
Acrescente a isso uma percepção inteligente de uma grande sensibilidade, uma composição original conduzida por Miller e embora continue a ser simples, o filme leva-nos de um instante de passividade a uma obrigatória reflexão sobre os sentimentos que as vezes passa a impressão de tornar-se quase doentio sobre o comportamento de Thomas, que se torna hora vítima, hora algoz. Além claro dos impactos que um ato de abandono pode ter sobre o futuro psicológico de uma criança, ou dois irmãos como encenada aqui e perceber que eles não reagem da mesma forma.
Creio que seja difícil falar de uma filme como Feliz que minha mãe esteja viva, pois ele será uma experiência única para cada um, é um longa intenso sem cair no melodrama batido de múltiplas cenas de choro, enfim assita e tire suas conclusões.
Avaliação:
Ficha Técnica:
Gênero: Drama
País / Ano: França / 2009
Duração: 90 minutos
Direção: Claude Miller, Nathan Miller
Elenco: Vincent Rottiers, Sophie Cattani, Christine Citt.